A Netflix vem apostando progressivamente em produções originais, sem dúvida visando muito mais do que apenas oferecer novos e exclusivos conteúdos para seus assinantes, mas carregar o nome junto ao sucesso e obter novos lucros com possíveis licenciamentos, como é o caso da famosa série Stranger Things, com a qual a Netflix está testando este potencial de licenciamento.
Antes de tudo, precisamos entender do que se trata um licenciamento de marca, que é o direito contratual de utilização de uma marca, imagem ou propriedade intelectual ou artística que seja registrada, mas que seja controlada por terceiros. Esta utilização pode ser feita em um produto, serviço ou em uma peça de comunicação promocional ou publicitária por tempo limitado. Normalmente a remuneração é definida através de um percentual aplicado sobre o valor gerado com as vendas ou prestação de serviços que utilizam esse licenciamento.
O licenciamento também é considerado uma forma do licenciado adquirir uma nova propriedade intelectual que nesse caso são as novas marcas com objetivo de exploração comercial.
O licenciamento não trabalha com o processo de construção de marca em si, mas ele auxilia no desenvolvimento das marcas já existentes agregando valor a elas.
Voltando a falar da Netflix, ao que tudo indica, testar seu potencial de licenciamento com Stranger Things foi uma excelente iniciativa, já que grandes marcas como Nike, Lego, Levi’s e Havaianas já estão com produtos inspirados na série e outras grandes marcas como Heineken apostaram em postagem com o tema nas redes sociais.
Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens, cita como exemplo a Riachuelo, licenciada não apenas de Stranger Things, como também Game of Thrones, La Casa de Papel, Friends e Black Mirror. Para ela, o potencial da prática no país é imenso, já que o público brasileiro já se acostumou a consumir esse tipo de conteúdo quando e onde quiser. “Essa liberdade e praticidade gera uma audiência crescente e fiel aos desdobramentos do enredo. E esse contexto permite às marcas inúmeras possibilidades de contato e de impacto, assim como um amplo e estruturado desenvolvimento de estratégias de marketing, licenciamento e vendas” , explica.
De acordo com a associação, o Brasil está entre os seis países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo. Estados Unidos, Japão, Inglaterra, México e Canadá estão entre os mais expressivos. O faturamento na área em 2018 foi de R$ 18,9 bilhões, com crescimento de 5% na comparação com 2017.
Para trazer toda esta informação para a realidade de empresas menores e que tem a impossibilidade de grandes licenciamentos como os exemplos citados, o que podemos aprender é que para obter resultados melhores é necessário estar atualizado em todas as referências para poder aproveitar possíveis relações com a marca e atrair o público. Muito mais do que apenas conseguir vender um produto personalizado com a série favorita do momento, as grandes marcas sabem que precisam estar próximas e falar a mesma língua que seu público e criar assim relações mais próximas, o que conhecemos como fidelização.
Atualmente é preciso buscar engajamento com os consumidores de várias formas e não apenas focando oferecer seu produto ou serviço, as redes sociais são uma maneira prática e com custo-benefício excelente para atrair seu público com temas que ele se interesse. A dica é ter cuidado para não ser aleatório e definir bem as estratégias para aproveitar as oportunidades.
Não se preocupe: só por não ser uma marca extremamente grande sua empresa não está no mundo invertido e é possível se aproximar do público sem ter um contrato caríssimo. Aproveite datas comemorativas, acontecimentos próximos, momentos, ideias que possam estar na mente do seu público. Assim como nós, busque sempre estar atualizado.
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